Eis que era um cidadão do céu.
Eis que um menino chorava.
Mas, de algum lugar, ouvia-se um instrumento introduzindo notas notáveis a uma alma desesperada.
Essas notas envolviam os que clamavam e retribuía aos que despontavam.
O som não era alto, mas era capaz de entrar em sua lama despedaçada.
Eis que entrou uma voz com uma força muito grande de onde o menino não sabia de que lugar,
Mas estabeleceu a virtude de um ser enjaulado, o qual se enlutava com seu ímpio coadjuvante.
Eis que um fogo o tomou na terra e comoveu seu estabelecer indiscutível e irreconhecível.
Eis que uma multidão não reconheceu, mas era um ser habitado num lustre pouco conhecido, que escutava.
Eis que era um cidadão do céu.
Renato F. Marques