LANGUIDUS

"Meu verso é sangue.Volúpia ardente...

Tristeza espera...remorso vão...

Dói-me nas veias.Amargo e quente.

Cai,gota a gota,do coração"

(Manuel Bandeira)

Ó, noite silenciosa! Tão pálida noite!

Surgem os pesadelos da noite febril.

Lânguida, a alma reclama de modo sutil.

As artérias febris gemem durante à noite.

Languidez, languidez... Oh! intensa agonia!...

Imenso desespero em mim se revelou!

A sórdida existência já me desgastou!

E sôfrega eu vivo a arquejar dia a dia...

Languidez, languidez na existência nefasta!

Às vezes delirante, grito e te maldigo!

Ah! blasfema, blasfema criatura pejada!

Os nervos convulsivos agora se inflamam!

Ai! os ossos estalam, estalam com gritos!

Os gânglios amputados reclamam, reclamam!

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angelk
Enviado por angelk em 27/11/2011
Reeditado em 16/07/2015
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