A Menina de Hiroshima.

Andava descalça, desolada,

Vendo ao longe... as cinzas,

A imagem da vossa alegria,

Virou pó.

Andava só, buscando a esperança,

Nas ruínas.

No pranto do sofrimento de todo o povo,

Vaga a menina de Hiroshima.

Buscando ver após o clarão,

Alguma faísca de vida,

Algum sorriso perdido,

Quem sabe a felicidade também vagando.

As cinzas estão aumentando,

E um calor intenso que não é de felicidade,

A dor se torna a única verdade,

Alguém não quer a deixar sonhar.

E andando sempre,

Sem a nenhum lugar chegar,

Ela tenta entender,

Mas ninguém pode explicar.

Porque alguns dormem cedo,

E talvez nunca mais despertem,

Mas ela está lá, de pés descalços,

E de coração ferido,

O vento logo levará as cinzas embora,

Mas não as feridas profundas da alma.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 24/11/2011
Código do texto: T3354292
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