A Menina de Hiroshima.
Andava descalça, desolada,
Vendo ao longe... as cinzas,
A imagem da vossa alegria,
Virou pó.
Andava só, buscando a esperança,
Nas ruínas.
No pranto do sofrimento de todo o povo,
Vaga a menina de Hiroshima.
Buscando ver após o clarão,
Alguma faísca de vida,
Algum sorriso perdido,
Quem sabe a felicidade também vagando.
As cinzas estão aumentando,
E um calor intenso que não é de felicidade,
A dor se torna a única verdade,
Alguém não quer a deixar sonhar.
E andando sempre,
Sem a nenhum lugar chegar,
Ela tenta entender,
Mas ninguém pode explicar.
Porque alguns dormem cedo,
E talvez nunca mais despertem,
Mas ela está lá, de pés descalços,
E de coração ferido,
O vento logo levará as cinzas embora,
Mas não as feridas profundas da alma.