Meu Deus Até Quando...
Meu choro só descansa quando crio um pouco de esperança, mas logo vem a desconfiança.
Quando vejo um sol, logo aparece uma nuvem para cobrir.
Quando vejo um sorriso nascendo, logo vejo a morte de uma face entristecendo.
Meu Deus, até quando?
Já que por enquanto me enquadro a viver desonerado.
Desnorteados são os meus dizeres que entram em conflito com meus conceitos.
Já que minha sina é pelo ponto final.
Já que as interrogações alimentam a vastidão dos meus pensamentos.
Tento ser sábio, mas logo caio na real de que sou apenas um sádico.
Gosto de me ver entre o espelho da vida; olhar meus desprazeres e sentir minhas dores.
Renato F. Marques