CONFUSA (de: Luciane A. Vieira – 12/03/1982)

CONFUSA

(de: Luciane A. Vieira – 12/03/1982)

Você, imagem louca

De minha mente não quer sair

Mas eu tenho medo, muito medo,

De um dia, absurdamente,

Você partir...

Você, imagem louca

De minha mente se vai

Mas eu tenho medo, muito medo,

De um dia... um absoluto dia...

Ver sua imagem chegar...

Absurdamente muito te amo

Absolutamente muito te quero

O porquê eu não entendo

Visto não te conhecer o olhar...

Não há, pois, um motivo sequer,

Para meu coração muito te amar...

Para meu coração buscar tanto

A sua imagem...

Tento esquecer meus anseios

Pois a ilusão é destrutiva

Arranca insanos delírios...

Arranca soluços infindos...

Se eu pudesse voltar o tempo

Destruiria para sempre o cerne

Deste sentimento inclemente...

Desagradável...

Inconstante...

Revejo meu passado

E nele encontro

A beleza do meu riso...

Antes de percebê-lo eu era feliz...

Antes de conhecê-lo eu era feliz...

Acredita?!?!

Mas quando a semente do seu amor

Brotou em mim

Passei a chorar lágrimas incoerentes,

Tocantes...

Inocentes...

Irritantes...

As horas passam lentas

Caçoam de minha fraqueza e perdão

Mas não consigo nada dizer...

Não consigo nada fazer...

E até me esqueço de sorrir

Para mostrar um mundo esquecido

Em mim: nos meus enganos e

Nos meus sentidos...

Ando estranha e confusa:

Somente a solidão me abraça...

Só mesmo a solidão me acompanha...

Não distingo a dor e nem a flor

Nada decifro: só vejo o tempo passar

E sofro ao ver sua imagem

Se formar e se esvair

Em meu pensamento tão fraco

Revivo sempre você.

Como pude isto permitir?!?

Procuro sempre você

Em um gesto,

Em um sonho,

Em um beijo que nunca existiu...

... E sua saudade em mim

Se mantendo...