Sozinho...

Por onde caminhei todo esse tempo?

A única voz que podia se ouvir era sombria,

Clamava por ajuda,

Chorava de medo,

Desaparecia quando se tentava alcançá-la.

Mas não há voz nos vales do horror...

O que ouço então?

Mesmo correndo em sua direção, seu grito começa a se distanciar.

Quando a ouvirei de novo?

Busco pela sua companhia, pelo seu tom suave.

E no mais afiado silêncio,

O estertor da minha alma denunciava a morte em meu corpo,

Desejando vomitar a vida de mim.

Mas ainda não ouvi sua resposta!

A ouvirei outra vez?

Somente nesses caminhos por onde procuro por ti,

Acharei as palavras que tanto quis ouvir,

Ou que pelo menos, morra tentando.

Gabriel Russelle
Enviado por Gabriel Russelle em 03/01/2007
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