Ainda...

Ainda resta dentro do meu coração um grande amor,

chorando, sofrendo, reclamando a tua dolorosa ausência.

Ainda está batendo, mas está doendo, uma grande dôr,

que somente a minha alma está sentindo.

Ainda estou respirando, estou teimando, estou vivendo,

fingindo que sou um homem feliz, eu estou sorrindo.

Mas não sei por quanto tempo eu disfarçarei essa minha dôr.

Nem sei por quanto tempo eu viverei sem o teu amor.

Ainda não sei mentir e dizer que não te quero mais,

que tirei você definitivamente da minha vida!

Ainda não sei viver, não sei deixar de querer essa mulher,

que abriu no meu coração uma enorme ferida.

Quisera eu fosse de ferro, fosse eu um gladiador, e lutar.

Quisera eu tivesse um coração de pedra, e não te amar!

Quisera tú fosse uma delicada flôr!

Quisera tú fosse nesse momento, o meu amor!

Mas agora eu estou aqui, sofrendo, vegetando.

Não sei se te esqueço, se morro de vez,

ou se te aceito de volta depois de tudo o que me fez.

Dói ter que tomar essa difícil decisão.

Mas quem sou eu, pra mandar no meu amor,

no meu coração?

Ainda que eu sofra,

ainda que eu chore,

ainda que eu dilacere a minha paixão,

você é que reside e morará eternamente no meu coração.

Ainda que eu peque, por mentir que não estou com saudade.

Você é a mulher que eu amo, amo, amo.

Ainda que eu minta.

Essa é a minha única verdade!

Manaus, 21 de novembro de 2011.

Marcos Antonio Costa da Silva