ELEGIA
Olhos parados, fixos, sem brilho,
já não reflete a luz do sol,
é o pagar melancólico de um ocaso.
Lábios serrados sem palavras
tantos poemas foram ditos,
o ontem no silêncio do hoje.
O relógio parou no tempo,
tempo que o coração bateu forte
contando a canção de amor,
chorando alegrias, chorando tristezas.
Alma de criança no coração do homem,
viajou nas asas da poesia
como folhas mortas, caídas,
levadas pelo vento de outono.
Corpo rígido sem vida,
frio como aquele inverno
chuvoso molhando a terra
ultima morada de um poeta.
O menino que acreditava sonhou,
o homem deixou de sonhar morreu.
Final de uma tarde de inverno...
Marcus Catão