ELEGIA

Olhos parados, fixos, sem brilho,

já não reflete a luz do sol,

é o pagar melancólico de um ocaso.

Lábios serrados sem palavras

tantos poemas foram ditos,

o ontem no silêncio do hoje.

O relógio parou no tempo,

tempo que o coração bateu forte

contando a canção de amor,

chorando alegrias, chorando tristezas.

Alma de criança no coração do homem,

viajou nas asas da poesia

como folhas mortas, caídas,

levadas pelo vento de outono.

Corpo rígido sem vida,

frio como aquele inverno

chuvoso molhando a terra

ultima morada de um poeta.

O menino que acreditava sonhou,

o homem deixou de sonhar morreu.

Final de uma tarde de inverno...

Marcus Catão

Marcus Catão
Enviado por Marcus Catão em 21/11/2011
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