DEPRESSÃO
De meus pulsos escorrem sangue
como as lágrimas amargas
que escorriam de meus olhos
ordenados pelo coração.
Culpa sofrimento de minh’alma
por toda dor que sinto pelo desafeto,
toda dor que sinto pela solidão.
Vivo nesse abandono de vida
criando sonetos desesperados
à morte e à escuridão.
Ninguém pode me salvar,
ninguém tem compaixão,
ninguém consegue me ouvir.
As pessoas surdas da terra
não se comovem
nem com assassinato à facão.
É por isso que hoje choro
choro, decepção.
De meus pulsos o sangue jorra
minha’alma foi-se embora
para uma eternidade mais feliz
sem choro, sem depressão.