Conflitos em meu interior
Demasiado anda meu coração por sentimentos
Os quais têm tirado de minha alma a paz
Que afligem meu ser em grandes questionamentos
Que ferem meu sossego como um carnívoro voraz.
Tenho eu em meu solitário e cativo pensamento
Divagado por desertos que acometem meu interior
Minha mente ao meu corpo reflete tal sentimento
Com dor e enfado que desfalecem meu exterior.
Meu sorriso não mais consegue disfarçar minhas angústias
Mas encontro forças para suportar dias de felicidade incerta
Que repelem de mim todos os tormentos e lamúrias
No intenso amor daqueles que a minha existência cerca.
Oh alma! O que tanto te atormentas?
Por que lágrimas sempre aos meus olhos trás?
O que farei para aliviar tuas emoções sedentas?
Quando terá em ti sentimentos que te apraz?
Vejo-me então em um abismo onde só enxergo a escuridão
Mas tenho a esperança de vencer esses negros dias
Num súbito pulo ao fundo busco a compreensão
E num vôo de liberdade encontro a paz que minh'alma sentia.
Sim, busco no vôo como o da águia uma compreensão
Pois enxergo nessa liberdade os problemas por cima
Em uma alta montanha pouso e faço descansar meu coração
Em busca de esclarecer dúvidas que minha mente habita.
Na celeuma do dia-a-dia encontro o puro silêncio tardio
Nele busco a porta que me levará a sentir uma leve brisa
Veredas de descanso que almejo ao meu âmago sombrio
Caminhos para suportar os dias que me restam da vida.