O Roer das Cinzas
Que Traça
Tomada pelo maior
Desejo Escarnico
Rói, o homem
Que fede a mofo
Esta traça, encontrara-o
e provará de imensa
Angustia e tristeza
Ao Roer suas bordas
Esse homem de páginas
Rabiscadas e amareladas
Junta Teias de Aranha
Nos cantos da biblioteca
Pois come, pobre traça
Pois entender não enche a pança
Esse homem é uma carcaça
Vitima do esquecimento
E tu Traça jovem,
Tem talento, tem futuro
Pois come,
que entender não mata a fome
Não esconda sua vontade
Pois ela te devora
Te devora se tu a castra
E condoída dessa reflexão
A traça exita diante de sua refeição
E no momento seguinte
É ela roída, por esse sentimento de afeição
E nesse misto de fome
E degradação
é que ficam, o pobre homem e a traça
Roídos por inteiro