minha tristeza
E tú ó moça que passas, que vens e que vagas nas angustias dos meus sonhos.
És tú a virgem que amei ardentimente, e que encantastes-me com beijos e desejos involupeis, vou agora, perdido e errante pelos ceus que fitam, ansias mortais, angustias pampitantes, vãs dilacerações de um sonho estranho, que errante foice aos turbilhões dos ventos.
Anda agora em mim uma tristeza ociosa, tristeza de não sei de onde, tristeza incerta, sem causa forte, mas porém tristeza.
Tristeza indivisivel e não abistrata, porém concreta.
Ah tristeza minha! tú és como a ave torva sem rumo, ondula, vagueia e oscila e sobe sob nuvens de fumo e na minha alma osila.
Porque és a minha tristeza.