SUSPIRO DERRADEIRO
Tanta dor há em meu coração
Que amor há tanto tempo anseara
Contudo, as aflições de uma vida inteira
No cotidiano, a alegria sepultara
Sonhos programei pelo querer
Da felicidade - então significativa
Porém, incapaz de poder alcançá-la
Destruiu em mim, os sonhos de uma vida
E, nestas horas que a alma resolve
Em papéis a dor da vida explanar
Descrevendo os sonhos nunca realizados
Da maldade que o destino propôs estagnar
Meus tristes sentidos não vivem mais
Sem esperanças a solidão se insere
E na mágoa de uma vida derradeira
Lágrimas saem e o martírio me fere
Já não suportando o peito doloroso
Amor não mais - jamais sonharei
Fraca pelo que me mata aos poucos
Opto pelo que me resta: logo morrerei