Adeus Avó

A janela, agora, vai ficar aberta...

Não existe mais frio.

A sala, ficara deserta.

Tudo, agora, é vazio.

O portão, da cozinha, já pode sair...

Não terá mais razão pra estar ali.

Tua passagem, não vai mais impedir.

Pois não mais passarás por aqui.

Não se beberá mais água da pia...

A comida poderá ficar no fogão.

Não existirá mais tua mania

De, em tudo, por a mão.

Quem vamos chamar de “Oh! Meu”

Quando, pra casa, retornar?

Um apelido que era só teu

E que adoravas escutar.

Não se ouvirá mais tuas passadas...

Lentas, mas num firme caminhar.

Passos que ecoavam pela madrugada

Em busca de algo pra abrir ou fechar.

Os objetos, não mais poderás esconder...

A casa ficara arrumada.

E se algo, agora, desaparecer.

Não poderás ser mais a culpada.

Mas, não podemos ficar assim...

Sofrendo por tua partida.

Afinal, o que pra nós, foi teu fim.

Para ti, é o inicio de uma nova vida.

Descanse em Paz minha vozinha

Apenas um poeta

29/12/2006

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Apenas um Poeta
Enviado por Apenas um Poeta em 31/12/2006
Reeditado em 14/09/2012
Código do texto: T332659
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