Tristeza de uma mãe
aquela que com um rosto de preocupação
cuida o filho a cuidados de príncipes
aquela mãe de panos pretos no alheio
que sussurra o adeus do pai sem juízo
mãe a tua cor vinda de África me tornou num poeta
alheio num mundo triste pelas injurias fantasmagóricas
que quando em vez fazem crescer o parasita do engano
minhas irmãs meus irmãos tomam do teu leite
o segredo do conhecimento concreto da alma
perdidos pela ignorância do tempo encoberto
hoje te reclamam como se as tuas lágrimas
fossem a sentença de vê-los sofrer