lágrimas do acaso

Não posso eu mas olhar nos teus olhos

para não sonhar novamente e não sentir

novamente de te singular saudade,

Mas as vezes meus pensamentos envolvem-se

nas letais diluências de um acaso remoto

e tudo no esquecimento se adelgaça inclusive a minha dor,

como se o coração ficasse sorrindo de um modo grave e triste

sozinho á meditar, sentindo que o esquecimento na verdade não existe.

ah! meu coração, só ele sabe dos negros olhos que auroram,

que em sonhos encantados os meus olhos choram, por que partistes sem dar-me esperanças de voltar.

Mas agora o que me resta?

meus versos, sempre versos, minha vida, meu orgulho

trarão para mim, em forma de magoas ou lágrimas talvez,

para sempre em minha memoria, o fulgor dos olhos teus,

o ultimo beijo, o ultimo sorriso, o ultimo adeus.

samuel paulino
Enviado por samuel paulino em 07/11/2011
Reeditado em 07/09/2012
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