CEMITÉRIO
Na tristeza de não ser ouvida
Pelas vozes da vida existente
Resta esperança da alma triste
Do acalento de um ser ausente
Tristeza carregada no cotidiano
Que se aflora na noite tão escura
Vago sozinha pelo triste cemitério
Completará minha aurora futura
Lágrimas caem destes olhos românticos
Que já amaram e se entregaram totalmente
Mas, agora só resta viver próximo ao túmulo
Guarida que enfim, me abraçará eternamente
Não tenho medo daquilo ofertado pelo destino
Descrevo em versos, o descanso e seu mistério
Não suportando mais a tribulação do mundo
Minha casa é viver neste amável cemitério
Sei que escrever entrelinhas da temática
É algo que muitos no repúdio os deixa
Contudo, como posso eu livrar-me então,
Das tristezas e do mundo a minha queixa?
Enfim, carrego o coração em pedaços
Que jamais um dia poderão se juntar
Neste cemitério, a solução para a dor
É algum dia, para sempre nele morar