No Vazio
Corpo elíptico.
Doce dorso do vicio
da tua presença absoluta.
Cruel e injusta luta para
esquecer-te.
Tentei me mover
entre prantos vazios.
Distancia oblíqua
dentro do meu peito.
Trazendo sentimentos frios.
No vazio.
Fui expulso do paraíso.
Sensações tão dolorosas
das quais não preciso.
Aflição permanente dos
ventos que nos distanciam.
O que meus versos são
se não te digo o quanto
eu te amo nesta imensidão?
Quem sou sem você aqui assim?
Lábios que não poderei mais
um dia tocar.
Saboreio agora o amargo
gosto do fim.
Pesadelo da tua ausência
do qual não posso despertar.
O vazio é tudo que restou para mim.
Tento mas não consigo me achar.