Instante inconstante

Olhares sedentos de inverno,

Sangue frio e quente

Andando no meu e teu inferno

Vivendo na tua mente.

Que caminho cinzento e ofuscado

Pegadas das feridas dos derrotados

Onde percorro a estrada, obcecado

Onde vejo as almas dos agoniados.

Vidas passadas, futuro ausente

Gestos e mágoas de um olhar inocente,

Numa mudança constante

De um ciclo vicioso e alucinante.

Confronto o destino,

Ofereço a minha sentença

Sou por momentos assassino

Da vida que lhe pertença.

Quero viver, quero sofrer

Quero sentir, não ter nada a perder

Não pedi para nascer,

Não pedirei para morrer...

DinarteAbreu
Enviado por DinarteAbreu em 04/11/2011
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