Os campos...
Um anjo de pedra vigia um túmulo desconhecido.
Era uma tarde nublada e quieta...
O fim de um dia que se despede calado.
Por quem olhar neste lugar sombrio?
Mas as manchas em seus olhos mostram sua lealdade,
Onde o medo não existia... Nem a esperança...
Existem somente os olhos de quem observa... De quem chora.
Na dúvida que semeia o desespero interminável,
Florescendo os passos da Morte perante a vida.
Nas veredas malditas que desaparecem de mim,
Direções que conduziriam além da fronteira terrível,
Apagaram-se de mim, escondendo-se nas trevas.
Diante desse túmulo amaldiçoado ficaram minhas lágrimas,
Consumiu-se meu sonho,
Destruiu meus sentimentos,
Contou-me seus segredos funestos.
Ao anjo que vigia o mal sobre nossas cabeças, haveria uma frase, ou talvez uma palavra.
Tudo o que protegia, não mais estava vivo.
Seus olhos apenas conduziam o mal para longe de nós,
E por não entendermos,
Morremos diante da única esperança de ainda viver...
Um anjo, diante de seu próprio túmulo,
Ainda abençoado pela sua fé e suas virtudes.
Apenas morreu nos campos sagrados da Morte.