O SEPULCRO DA MOSCA BRANCA
O poeta sepulcra cadáveres
de palavras alcoolizadas
esfumaçantes da solidão
das madrugadas adormecidas
nos braços das confissões da
própria alma cadavérica de amores
naufragados em cores de violetas
aromatizadas de apatia espontânea
espremidas de dentro da alma
por sempre não contemplar a visão
do imundo roer dos ratos dos restos
dos cadáver decompostos pela obscuridade
das profecias deleitadas das mãos dos que
não podem ser nem mesmo uma mosca
vomitada por outra mosca branca.