O SEPULCRO DA MOSCA BRANCA

O poeta sepulcra cadáveres

de palavras alcoolizadas

esfumaçantes da solidão

das madrugadas adormecidas

nos braços das confissões da

própria alma cadavérica de amores

naufragados em cores de violetas

aromatizadas de apatia espontânea

espremidas de dentro da alma

por sempre não contemplar a visão

do imundo roer dos ratos dos restos

dos cadáver decompostos pela obscuridade

das profecias deleitadas das mãos dos que

não podem ser nem mesmo uma mosca

vomitada por outra mosca branca.

Leandro V França
Enviado por Leandro V França em 03/11/2011
Código do texto: T3314244
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