O doce beijo da amargura
Cedo beijou-me com fel,
Nos meus ainda inocentes lábios
Agrilho-ou-me com tormentos,
Suavizados com com mel.
Pergunto-me às vezes atônitas,
O por que do doce e azedo?
Pois ainda tenho medo permeando meus pensamentos,
Mim torturando,rondando,
Os meus quietos momentos.
Quando penso que és forte,
Se revela um mancebo,
Trêmulo e com ávido anseio,
De sentir da amargura,
Pensando que sentindo estás.
Coitado não sabes o que pedes,
Sei que a vida é dura,
Mas nada se compara ao fel,que teima em beijar-me,
Pensando mim dar o mel.
Meus lábios sem riso pede-me:
Socorre-me deveras,
Lava-me,guarda-me,salva-me.