Roupas no varal
Tire as roupas do varal,
Está chegando a tempestade,
Daquelas que levam a alma embora,
Daquelas que revelam e desbotam,
Desmunicie a sua arma,
Já não serve para mais nada
As balas de cegueiras,
E não importa mais “ser” em essência,
Construída está
A ponte para o destino,
Não há retornos
E só seguir o fluxo...
E deslumbrar no horizonte,
O apocalipse do Cristo mudo,
O fim daquilo que nunca existiu,
A glória dos arcanjos de asas quebradas.