Lembrança...
Por que há tanta contradição nos sentimentos?
Uma natureza que luta contra si mesma.
Se existe realmente um significado, por que não conseguimos descreve-lo?
A única resposta que nos é concedida está muito longe de nossa compreensão.
Apenas olhamos para todo esse caos, e nada parece fazer sentido.
É somente uma lembrança, um pesadelo, uma parte sombria de uma floresta.
Mas na sua real identidade,
É o medo, a desolação de nossas crenças, a perspicácia selvagem.
Por onde mais andaria se apenas houvesse a escuridão encobrindo meus passos?
Mas na verdade não poderia ir um passo adiante se quisesse.
Pois o precipício está a um passo de mim.
E quando os olhos se abrem, há o mar quebrando nas pedras,
Um sol que aos poucos se esconde lentamente,
Tudo que existe, vai desaparecendo de seus detalhes.
Pergunto-me: sentiria saudade de tudo isso?
Mas meus pensamentos se calam.
E neste silêncio não há respostas, não há perguntas.
Tudo que existe limita-se a algo profundo e sincero,
Que afaga e corta a garganta, e me diz sussurrando:
“Jamais acordará dentro da sua vida”.