Quando não houver mais vida...
Além de uma vida que está agora tão distante...
Nada parece fazer sentido, apenas são reais.
Quando o mar molha meus pés no inverno,
Águas que consolam e vão embora,
Saberia que existe sangue demais nas veias.
E olhando para toda a solidão que assola a alma,
Conhece-se a amizade fria de se estar só.
Ou quem sabe apenas imaginar assim...
Sim, e horrível pensar em toda esta minha desolação,
Sinto que congelo aos poucos.
Vejo minha face no reflexo da água,
E nada há além da figura do horror em mim.
Se ao menos soubesse de onde vem essa melancolia...
Apenas poderia saber,
Pois minha vida foi embora de mim,
E nunca mais voltará a me dizer as doces palavras pela manhã.
Mas as águas deste mar ainda podem me tocar e me consolar,
Deseja-se assim.
Que na morte se encontre a minha vida.