Quando não houver mais vida...

Além de uma vida que está agora tão distante...

Nada parece fazer sentido, apenas são reais.

Quando o mar molha meus pés no inverno,

Águas que consolam e vão embora,

Saberia que existe sangue demais nas veias.

E olhando para toda a solidão que assola a alma,

Conhece-se a amizade fria de se estar só.

Ou quem sabe apenas imaginar assim...

Sim, e horrível pensar em toda esta minha desolação,

Sinto que congelo aos poucos.

Vejo minha face no reflexo da água,

E nada há além da figura do horror em mim.

Se ao menos soubesse de onde vem essa melancolia...

Apenas poderia saber,

Pois minha vida foi embora de mim,

E nunca mais voltará a me dizer as doces palavras pela manhã.

Mas as águas deste mar ainda podem me tocar e me consolar,

Deseja-se assim.

Que na morte se encontre a minha vida.

Gabriel Russelle
Enviado por Gabriel Russelle em 28/12/2006
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