Políticas promessas do amor
A vida gosta de brincar,
Dizer que tarde é cedo,
Exibir um apelo no olhar,
Omitindo aliança no dedo.
O risco é perder o prumo,
Direi de modo conciso,
pleito entre beber o sumo,
e querer manter o juízo.
Bom siso impõe sua clava,
E o bebê chora por mamar,
Crendo que nos olhos estava,
A mama, a cama, o amar.
O jeito é rogar ao destino,
Que molde novo bordado,
Apresente ante o menino,
Mão livre, e olhar turbado.
Que musas respeitem o medo,
Mantendo o único, singular,
Se trazem um amor no dedo,
Deletem as promessas do olhar...
Será que o amor segue a sanha,
De político querendo se eleger,
Que durante o ardor da campanha,
Promete o que não vai fazer?