Minha Chuva

No meio da madrugada

Acordo suando frio

Com a mente perturbada

E o coração a mil

Sinto a tempestade

Que dentro de mim se forma

Chovendo a saudade

Daquela que não retorna

Trovões e raios violentos

E essa chuva não cessa

Molhando os meus pensamentos

E me afogando depressa

Sem querer, transbordo

E então me vejo alagar

Tento dormir, mas acordo

Sei que é inútil tentar

Outro dia nascendo

Vejo o Sol lá fora

Dentro de mim, chovendo

Como chovera outrora

E se por ventura consigo

Fazer a chuva pagar

Levo goteiras comigo

Para todo lugar

Mas um dia, enfim

A chuva acalmará

Debaixo da terra é o fim

Onde jamais choverá...

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 22/10/2011
Reeditado em 30/10/2011
Código do texto: T3291260
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