Minha Chuva
No meio da madrugada
Acordo suando frio
Com a mente perturbada
E o coração a mil
Sinto a tempestade
Que dentro de mim se forma
Chovendo a saudade
Daquela que não retorna
Trovões e raios violentos
E essa chuva não cessa
Molhando os meus pensamentos
E me afogando depressa
Sem querer, transbordo
E então me vejo alagar
Tento dormir, mas acordo
Sei que é inútil tentar
Outro dia nascendo
Vejo o Sol lá fora
Dentro de mim, chovendo
Como chovera outrora
E se por ventura consigo
Fazer a chuva pagar
Levo goteiras comigo
Para todo lugar
Mas um dia, enfim
A chuva acalmará
Debaixo da terra é o fim
Onde jamais choverá...