JANU - ÁRIDA

A cidade mansa, hospitaleira.

Banhada por rio de igual recheio.

Traz memórias:

De tempo brejeiro

Homem pesqueiro

Mulher rendeira

Avós benzedeiras... Que, zombeteiras, riam ante alegria

de chão promissor.

Cidade santa.

De belezas tantas!

Cidade adulta e nova paisagem

Nova estampa.

Desbotada. Desgastada!

Por gente "nada". Gentilmente...

Ainda banhada por rio choroso

De cântaros mil, outrora...

Agora?

Encantos esvaindo

Quase findos!

Secura humana

Esterilidade, ausências...

Piedade!

Árida cidade

Janu-árida

Januária!

Suerdes Viana
Enviado por Suerdes Viana em 18/10/2011
Reeditado em 08/11/2011
Código do texto: T3284644
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