Chora A Alma Do Poeta
Nas esquinas da saudade
Fiz um brinde à tristeza
De tanto rolar o pranto
Perdi da vida o encanto
Encontrei com a paixão
Cabisbaixa entristecida
Me disse em tom de apelo
Que amar trás desespero
O ciúme é pedra bruta
Manda embora o carinho
Exacerbada desconfiança
Deixa só destemperança
Um amor quando se vai
Deixa lágrimas salgadas
Coração é só desatino
Pranteia feito um menino
Distante dos sentimentos
Pranteia a alma do poeta
Mistérios da breve vida
Que a solidão decreta
(Ana Stoppa)