SOLIDÃO DA NOITE
Sombria é a noite que me entristece,
onde como companhia só tenho um velho lampião.
A lua lá em cima sempre se esquece
que a noite traz consigo a atroz solidão.
O sono não chega e o pensamento voa
oscilando entre o que já passou e o que ainda vem.
Passo a noite lamentando ao vento, que triste ecoa
sem direção, para cá, para lá, para além.
Ecos que invadem a imensidão noturna
transmitindo as dores do cruel açoite.
Mas o tempo impaciente age como urna
e comigo dorme a solidão da noite.