Chuva caindo em meu olhar...
Mergulhado nas certezas de minha própria e terrível dor.
O cheiro fétido de minha carne inflamada.
A flor mucha de minha vida jamais vivida.
Sou poeira que arde nos olhos.
Minha alma perdida nas sombras.
Laços ocultos e embebecidos de sangue.
E eu me alimento de minhas muitas lágrimas.
No lodo do lago negro minha alma se perdeu e meu coração de sofrimento se enrijeceu.
Não há dia, não há noite: existe apenas a escuridão de um mundo sem coração e sem perdão.
E eu não tenho caminho...
Não, eu não tenho caminho.
Não, caminho, eu não tenho, porque eu caminho contra o caminho desse mundo.
Redemoinhos sobre minha cabeça.
Teto caindo.
Vozes falando ao meu redor, mas eu nada ouço: eu nada escuto.
Sou fruto desse abismo perdido em minha alma.
Névoa sobre o ar.
Vento nas montanhas.
Chuva caindo sem parar.
Chuva caindo em meu olhar.
E eu vendo a morte minha vida levar.
Mas, eu luto, eu insisto.
Tento desesperadamente permanecer vivo.
Mas, chega a hora que a alma cansa.
Chega a hora que dá vontade de me deitar e esperar a vida passar.
Chega a hora que dá vontade de me deitar e esperar a morte me levar.
Redemoinhos sobre minha cabeça.
Teto caindo.
Vozes falando ao meu redor, mas eu nada ouço: eu nada escuto.
Sou fruto desse abismo perdido em minha alma.
Névoa sobre o ar.
Vento nas montanhas.
Chuva caindo sem parar.
Chuva caindo em meu olhar.
E eu vendo a morte minha vida levar.
Mas, eu luto, eu insisto.
Tento desesperadamente permanecer vivo.
Mas, chega a hora que a alma cansa.
Chega a hora que dá vontade de me deitar e esperar a vida passar.
Chega a hora que dá vontade de me deitar e esperar a morte me levar.
Sim, chega a hora que dá vontade de me deitar e esperar a vida passar.
E chega a hora que dá vontade de me deitar e esperar a morte me levar.