O M DA MÃO DA MÃE
(cena assistida)
A palma da mão
No rosto bonito
E o eco do grito
Soando em refrão.
Criança desdita!
Para aonde irá
A marca maldita
Na alma estará.
É dor que não dói
Mas cala e consente,
Seu sonho de herói
Morreu permanente.
Que mão mais cruel!
Qual mãe enfadonha!
Na face de mel
Marcou a vergonha.
Criança infeliz!
Futuro impreciso,
O mundo que quis
É mudo de riso.
Mais uma na rua,
Zoando perdida,
Seu mundo debrua
De grades na vida.
Vilmar Daufenbach