::: Madrugada :::

Olho o relógio na parede

Olhando para mim

Denunciando-me

"É tarde!"

E então,

Mais uma noite sem sono

E de novo essa vontade

De escrever até nascer o sol...

Ó soturna escuridão

Que se desdobra pelo céu

Ó noite que não tem fim

Traz-me lirismo....

Dos meus lábios

Saltam suspiros

Nos meus pensamentos

Povoam ilusões

No meu coração

Uma canção triste

E de meus olhos

Precipitam cachoeiras...

No caos da conversa na TV

Viajo na quietude da solidão

De estar só e em mim

Sem medo e nem razão...

Devaneios surgem no ar

No simples segundo

Do meu versejar!

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 28/09/2011
Reeditado em 28/09/2011
Código do texto: T3245031