Sono Ingrato

Não posso dizer que tenho tudo,

Certamente alguma graça ainda não chegou,

Busco conceber talvez esse devaneado louvor

Para que meu viver não seja mudo.

Vendavais atiram para longe minha voz

E sua essência se perde em meio às folhas de outono,

Meu despertar é sonho em meu agitado sono

E a poeira que varre meu destino é insensato algoz.

A fuligem que massacra essa impiedosa desventura

Corrói minha ansiedade que infinitamente dura

Num palco vazio adornado pela solidão...

Não há antídoto que dilua lúgubre retrato,

Então sigilosamente durmo e deixo a existência de lado

Enquanto envolto em flores desce à sepultura meu coração!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 25/09/2011
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