Laudo*
pesa-me o sonho
uma suavidade avolumada
pelas correntes das neblinas
daquelas palavras
benditas
não ditas...
pesa-me viver
num laudo gélido
de vocabulário meticuloso
hirto, frio e simétrico
-por que não escrevem d'alma?-
sem nódulos
sem incertos episódios
apenas linhas melódicas
de um peito que ainda
apesar
sonha e chora...
-por que não escrevem d'alma?-
Karinna*