Socorro Eu
Será porque essa angústia plantada em mim?
dor implacável como um tiro de festim
insuficiente pra matar
medo pra qualquer um amargar.
Um nó aprisiona as lágrimas
como se fosse pecado derramá-las
Sei bem como é engolir com os olhos
o salgado sabor azedo sem atalhos.
Tremulas as mãos procuram
procuram por tenros afagos de mãos que curam
Os braços parecem querer abrir em si só
mendigam socorro como alguém que quase se afogo.
As palavras de aconchego são de pouco alcance
logo esquecidas num relance
quanto as ditas ferpas quase sempre se instalam
frases ditas que jamais voltam.
De sangue quente sentimentos aflorados
rosto, braço e pernas formigados
Como num estalo tudo parasse
como se o coração em fim descansasse
queria ele parar de vez....o sufocasse.
Pertinentes ao próprio eu
que se prende as batalhas que sofreu
entretanto todas venceu
como a força anormal que Deus me deu!