Flores perfumam a vida...
Às vezes... As flores trazem consigo alguns espinhos
E eles – ocultos em lindas pétalas - perfuram nossas carnes.
Expõem ao mundo todas as nossas feridas:
Medos guardados...
Esquecidos.
Deixam sangue pelos caminhos que passam.
Mas esvaem-se da culpa, por que nós nos deixamos enganar...
Atraímo-nos por sua beleza...
Deixamo-nos ser carregado por todos os cantos;
Por todas as sensações que já experimentaram
E assim como uma abelha, perdemos o sentido do voo.
Corremos para tomar-lhe de seu mel e já não há mais mel,
Por que não há e nunca houve flor alguma!
Havia apenas os espinhos...
E, na infeliz descoberta, acabamos furados no peito;
Um rasgo profundo.
Tão profundo que nos afogamos em nossas descobertas
E na solidão que passamos a sentir.
Por fim, ficamos sem os olhos -
Que, com medo de enganar-se uma vez mais, deixam de ver -
Ficamos, também, com a sensação de que sempre seremos alvos de espinhos,
Por que se não bastassem os ferimentos deixados no corpo,
Eles também perfuram nossas almas.
Dsoli.
17/09/2011