O Grande Rio*
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Vem dos primórdios,
carente no verão
caudaloso no inverno.
Vem aos prantos desprotegido,
treme inflamado de lama
e frio.
Sobrevivente de objetos
e dejetos.
Sufocado,o rio sofre tamanho dilema,
quando reflete a aurora
em seu leito magoado.
Relembro o passado e choro.
O pescador percorre sua sina
numa vida peregrina,
em busca do peixe ausente.
E o rio lança seu apelo e suas águas
fluindo de porta em porta
da aurora a noite escura
às portas da morte!
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Alzira Paiva Tavares
Olinda 13\06\2011__20:15