Lamentação Rotineira

O cotidiano nunca muda

Sinto a brisa da manhã

E o adeus do sol a tarde.

A meditação nunca muda

A reflexão sobre a minha vida vazia

Me sinto doente e fraca

Sem poder, sem sentindo

Apenas sinto a agonia que me corrói

"Abra o seu coração" - disse-me uma voz

Como abrir aquele que já sofreu

Inúmeras cicatrizes ao longo dos dias?

Tentei me afogar em minhas próprias lágrimas

Mas, nada adiantou. Só me trouxe mais aborrecimento.

Lamentações, lamentações, lamentações

Nada muda, nada se transforma

Sempre, sempre é essa a rotina

Oh! Minha triste rotina!

Por que ainda insisto?

O amor não se explica,

Disse uma vez o poeta...

Quem sou eu para desafiar a voz do poeta?