Silentes Desabafos.
A minha vida foi momentos, movimentos maleáveis
Em maléficos finos trapos
De carne, em gritos surdos
Em silentes desabafos,
Oh, inexatos fatos, opacos e frigidos...
Inda transpassam em mim
Em sonhos, sulcos, veias e lágrimas,
A larga estranha estrada do porvir...
E nesta manhã roubada de folhas que caem
Voam com vento, amarelas.
Desconheço estradas onde percorrer
Onde aplacar o peso das ruas.
Morrer é libertar.
Por isso submirjo sob a tênue sombra,
Desenhada sobre esses sigilosos instantes meus abismais,
Onde houve ou nunca haverá
Certa vez, glorioso destino
Nem vitória.