Borboleta da morte
Antes de tocar o solo,
Ela voou para o abismo.
Notando o medo em torno dos homens
E o clamor do pecado.
Também o prazer dos executores,
Que estavam satisfeitos com a dor.
Atravessou o sangue derramado
Apreciando o gosto e seu cheiro
Aterrou sem piedade
No solo quente e cheio de malícia.
Foi onde ela escolheu a terra
Descanso para a sua viagem.
O inferno, ela sabe
É a morte em solidão
Ou ausência de cor
Própria ausência de coração.
As suas asas escondem um passado
Cheia de angústias dos homens.
Enquanto na terra admiram a sua beleza
Circulando em algum novo jardim
No Inferno admiram a tristeza
Que ela traz junto ao fim.