TRISTES SENTIDOS
TRISTES SENTIDOS
Sentidos apagados sentem somente a tristeza
Que percorre minha sanguínea corrente
Na hipófise, as glândulas endócrinas liberam
Lágrimas no suor, no sonho e na vida descrente
Audição, que somente sabe ouvir
“Doces” NÃOS da vida que me insiro
No tímpano a força das tristes músicas
Palavras de alguém? Não mais prefiro
Minha visão, enxerga livros e poemas tristes
Papéis para escrever e a dor então depositar
Derramo lágrimas – Pobre olhar malferido
Sem rumo, nem o horizonte proponho imaginar
O perfume de belas flores, não mais sinto
Somente pretas rosas em minha vida
Jardim do abandono – murchos caminhos
Olfato da percepção somente entristecida
Saboreio não mais o mel da infância
Demarcada correnteza que me leva
Sinto o fel permanente a todo instante
Crueldade sentir somente gosto de treva
Meu toque tão frágil e sensível
Destas delicadas mãos de poetisa
Desiludidas estão de poder tocar
Alguma vez a felicidade e sua doce brisa
E assim, os sentidos se desfalecem
Dedicados unicamente à evasão de escrever
Lágrimas nos olhos - Estou delimitada
Não conseguirei desta maneira, a vida percorrer
07/09/2011