A Rota da Estrela que Cai

Tanto brilhou num céu solitário

No tempo árido daquela noite sem carícias, sem arrepios

Apenas resquícios de segundos felizes

Segundas com ares de sábados floridos

Telefonemas e sua doce voz, cheia de amor

A noite estava totalmente sem graça agora

Toda a solidão e saudade encontram-se no tempo presente

E não há relógios de presentes, nem amigos bem intencionados

Que tragam de novo o brilho da minha estrela

Que tragam de novo o tempo perdido que por agora guardei no bolso

Completamente partido

Sem nenhum movimento calculado eu caio

No abismo do faltar palavras

Na vergonha e no desejo de sumir do espelho

Sem a menor etiqueta nem bons costumes

Nem um pingo sequer de decência ou elegância

Sem medir os metros ou anos luz da distância

Caio

Tragado no céu desse escândalo indesejado do seu adeus

Sem que ninguém veja ou ao menos a minha ex melhor amiga perceba

Faço a rota da estrela que cai.

Kaê Brito
Enviado por Kaê Brito em 07/09/2011
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