A Rota da Estrela que Cai
Tanto brilhou num céu solitário
No tempo árido daquela noite sem carícias, sem arrepios
Apenas resquícios de segundos felizes
Segundas com ares de sábados floridos
Telefonemas e sua doce voz, cheia de amor
A noite estava totalmente sem graça agora
Toda a solidão e saudade encontram-se no tempo presente
E não há relógios de presentes, nem amigos bem intencionados
Que tragam de novo o brilho da minha estrela
Que tragam de novo o tempo perdido que por agora guardei no bolso
Completamente partido
Sem nenhum movimento calculado eu caio
No abismo do faltar palavras
Na vergonha e no desejo de sumir do espelho
Sem a menor etiqueta nem bons costumes
Nem um pingo sequer de decência ou elegância
Sem medir os metros ou anos luz da distância
Caio
Tragado no céu desse escândalo indesejado do seu adeus
Sem que ninguém veja ou ao menos a minha ex melhor amiga perceba
Faço a rota da estrela que cai.