Espólio
Súplicas sugadas pelo vácuo
Berros reprimidos pela voz da razão
Conhecimento, esputo do abalo
Tudo que conotou minha autodestruição
Ideais que me retorceram as vísceras
Contradições engolidas arduamente
Em meio a tanta lamúria e nímias feridas
Escrevi meu testamento soez, finalmente
Deixo-vos palavras hediondas e vis
Por vossos olhares, de um poeta madraço
Quiçá atordoado em sua matriz
Que agora nada é afora detritos do próprio fracasso.