Espólio

Súplicas sugadas pelo vácuo

Berros reprimidos pela voz da razão

Conhecimento, esputo do abalo

Tudo que conotou minha autodestruição

Ideais que me retorceram as vísceras

Contradições engolidas arduamente

Em meio a tanta lamúria e nímias feridas

Escrevi meu testamento soez, finalmente

Deixo-vos palavras hediondas e vis

Por vossos olhares, de um poeta madraço

Quiçá atordoado em sua matriz

Que agora nada é afora detritos do próprio fracasso.

Duda Checa
Enviado por Duda Checa em 04/09/2011
Reeditado em 24/09/2011
Código do texto: T3200481
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