"Por onde ando"

"Depois de passar a noite em claro

Consumir estoque de calmantes

Sinto a calma induzida confiante

Que reina entre trevas torturantes

Cruzo pelos mares sem fronteiras

Portas cheias de fileiras intermináveis

Quero sair sem conseguir passar

Pular barreiras é quase incontrolável

Vou seguindo em apertos e empurrões

Vazo pelo beco estreito da amargura

Cura na minha alma não tem mais

Pisadas serão minha sepultura

Ecos ao longe coisa estranha

Entres os dentes afiados se reserva

Na lagrima do desgosto apodrece

Este corpo inerte e inseguro

Canso paro no portal da esperança

Esperança que rima nenhuma vai tirar

Sofrer ou passar por sofrimento

Voar ao longe sem ao menos conseguir pousar"

Marlene Luiz

31/08/2011

Marlene Luiz
Enviado por Marlene Luiz em 31/08/2011
Reeditado em 01/09/2011
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