Tributo
Parece que é de hoje a dor que julgava morta
Parece que é de ontem a saudade que me toma
Parece que é de sempre meu pranto de agora
Preso na lembrança que jamais se foi embora
Busco em tempos ídos os sonhos que sonhei
Que de mim perdidos se perderam por aí
Talvez em frgementos que jamais se juntarão
Matando o que restava, até mesmo a ilusão
Flutuo no espaço por perder o meu caminho
Apagado que foi pelo tempo que me marca
Se rastros ao passar, nele deixei um dia
Marcas e caminhos se foram com a alegria
Então o pranto me toma e comigo se confunde
Não sei se eu e pranto somos dois ou apenas um.
Sei que meu corpo por cicatrizes tão marcado
Ao sol parece por minhas lágrimas banhado
Mas não reclamo esta dor agora imposta
Talvez seja tributo e de pagar chegou a hora
Quem sabe se enganaram ao me darem tanto encanto?
Agora os dividendos que me cobram é o pranto.