Esperanças incompletas
Às vezes pego-me a pensar
Se um dia serei completa,
Preenchida de corpo e alma...
Se um dia terei calma.
Às vezes entristeço
Já sem esperanças para sonhar
Choro e me abrigo
Na companhia do luar.
O vento é frio e suave
Penetra em meus poros e cabelos
Acordando-me para uma realidade
Na qual não quero acordar.
Os pensamentos bons
São falsos ou errôneos,
Nunca a capacidade completa
Da certeza certa.
O que faço meu Deus?
Se não tenho mais horizontes
Para ver o pôr do sol,
Para florescer o girassol.
A flor querida
Que ilumina
E sempre esta a procura
De quem possa iluminar.
De um sol majestoso
Com brilho espontâneo
Sem a falsa realidade
Que possa cegar.
Será que é pedir demais?
Que haja mais pessoas certas
Que sintam a energia dos astros
E a beleza do amar?
Espero que não,
Pois não quero acordar pensando
Que nunca existirá...
A doçura do olhar.