NÃO EM TODOS OS CORAÇÕES

O amor não habita todos os corações,

há muito ele foi expulso de tantos,

não passa agora de retalho puído,

é somente uma lembrança irritante

Esses são terras áridas, desertificadas,

estéreis, onde a semente, com o tempo,

perece gradualmente à superfície

sem cumprir seu objetivo de recriar a vida

Para eles tal sentimento é risível,

despojado de qualquer sentido, tolo,

retrato de homens fraquejantes,

espelho vivo dos desvairados

Os poetas, então, não tem em conta,

nos consideram paspalhos, loucos,

crianças que só ofendem a si mesmas,

sonhadores abraçados a beija-flores

Para eles lanço meu olhar de perdão,

alvejo-os com sorrisos de simpatia,

deixo-os chafurdando na lama pútrida

da frieza, do desamor, da tristeza.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 28/08/2011
Reeditado em 28/08/2011
Código do texto: T3186321
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