QUE ASSIM SEJA

Tons de silenciosa melancolia,
Alma desalada, desabrigada, fadigada, peleja,
Olhos interrogativos na solidão das horas vazias.

Em vão, os sentidos, os pedidos, a utopia,
Nada mudou a imagem, a paisagem sertaneja,
Nada aliviou as dores, trouxe cores a minha poesia.

Nada mais espero dos pedaços dos meus dias,
Apenas, observo um abutre que voeja...
Enquanto o sol lentamente se distancia.

E me deixa distante de mim, do sim, da anistia,
Se é minha sina, ser, morrer assim – que seja!