Quimeras
Na pálpebra, uma dúvida, se abrir ou fechar,
O medo da enxergar a realidade que me inibe de ver a luz.
Nos olhos, uma lágrima que insiste em rolar
Quando os canais lacrimais já estão feridos de tanto salgar.
No rosto, um semblante que oscila entre o ar da esperança,
A brisa de uma notícia que me surpreenda ou um vento forte que me sucumba de vez.
Na alma, o peso da perda, a fadiga da espera, e da espera a quase remota chance que por vezes me desespera, e mais uma vez me rouba um tímido sorriso que ainda sobrevive de quimeras...